Começa logo mais o julgamento no TSE que pode deixar Bolsonaro inelegível.
- Orlando Gomes Junior
- 22 de jun. de 2023
- 2 min de leitura
Tribunal discutirá se houve abuso de poder político em reunião com embaixadores estrangeiros meses antes da eleição. No evento, o então presidente atacou as urnas e disseminou fake news sobre o processo de votação.
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Bolsonaro também é investigado em outras 15 ações no tribunal eleitoral.
Nos últimos dias, Bolsonaro e aliados têm mandado recados para Nunes Marques, cobrando que ele tenha um posicionamento favorável ao ex-presidente.
Bolsonaro e o ministro do TSE estão vivendo um momento de distanciamento. Por isso, entre apoiadores do ex-presidente, a avaliação é que Nunes Marques pode acabar não pedindo vista no julgamento que começa nesta quinta.
A pressão está sendo feita também pelas redes sociais, nas quais aliados de Bolsonaro fazem ameaças veladas ao primeiro ministro indicado por ele ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A equipe do ex-presidente avalia que ele será condenado pelo tribunal, mas busca garantir pelo menos dois votos para seu lado: além de Nunes Marques, o do ministro Raul Araújo, para tentar passar a imagem de que ele foi vítima de perseguição política.
Os cinco demais ministros do tribunal, segundo a equipe de Bolsonaro, devem votar contra ele. O ministro Raul Araújo chegou a votar a favor do ex-presidente em casos no TSE durante a eleição do ano passado.
Porém, avaliam que isso não significa a garantia de que possa, neste julgamento, repetir esses votos. Dentro do Judiciário, há duas apostas de placar: 6 a 1 ou 7 a 0.
Defesa dividida
A defesa de Bolsonaro, porém, chega dividida ao dia do julgamento. O ex-presidente descumpriu os conselhos de aliados e decidiu comparecer ao Senado na véspera do início do julgamento, e fazer críticas ao Tribunal Superior Eleitoral.
A equipe de defesa do ex-presidente ficou irritada, porque, no dia anterior, em reunião com o próprio Bolsonaro, ficou acertado que ele se manteria discreto, não aparecendo em público nem fazendo comentários.
Só que o ex-presidente acabou seguindo os conselhos do grupo de defensores de São Paulo. Na avaliação de um aliado, Bolsonaro acha que, com isso, consegue pressionar ministros do TSE, mas vai colher exatamente o contrário, reforçar uma posição negativa contra ele.
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